“Hoje é quarta-feira e para não perde o costume, hoje tem a #PostagemEspecial.
O tema de hoje foi uma sugestão de um leitor muito especial do blog, o Rodrigo. Ele é gay e cadeirante. E como puderam ver pela imagem á cima, o tema de hoje será: “Gays deficientes”. Tentarei trazer o maior número de informações possíveis sobre esse tema, mas claro, de uma forma objetiva e que não fique muito extensiva e/ou cansativa. Então acompanhe… E boa leitura!”, Mika.
O PRECONCEITO;
Ser minoria dentro da própria minoria. Assim vivem milhares de pessoas no mundo e no Brasil. Eles são deficientes físicos, visuais e auditivos que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo. Se ser gay é difícil, imagine então ser gay e deficiente físico? Quando além de cadeira de rodas, muletas e todo resto, ainda sobra espaço para aquela bandeira gay, lá escondida no armário ou exposta para todo mundo ver mesmo. Agora, multiplique pelo que ele sofre dentro da própria comunidade homossexual. Como suportar tanta hostilidade?
Já reparou que muitos dos bares e discotecas frequentados por homossexuais não tem estrutura para receber quem necessita, por exemplo, de cadeira de rodas? Aliás, com sinceridade, até hoje você já tinha pensado que existem deficientes físicos homossexuais e que eles enfrentam todo o tipo de contratempos na ânsia de encontrarem o seu grande amor? É pública e notória a tendência de alguns dos homossexuais, principalmente masculinos, em cultivarem o corpo perfeito (como se isso fosse o mais importante no ser humano!). Isso exclui à partida quem precisa, por exemplo, de cadeira de rodas para se locomover.
As questões da sexualidade humana evoluíram nas últimas três décadas, mas ainda existe um abismo grande e muitas barreiras para superar a dupla discriminação. Você não chega para um cadeirante e pergunta: você é gay? Geralmente, o cadeirante é visto como um inválido e os gays não querem homens inválidos.
Algo parecido acontece com os gays surdos, enquanto os hétero em grande parte excluem os homo ou bissexuais, na comunidade surda, a convivência entre hétero e homo surdos é boa e não existe muita discriminação. Quem discrimina os gays surdos são os gays ouvintes, que partilham da convicção da maioria de que a única língua válida é a oral. Assim, para nós, eles são portadores de deficiência, enquanto os gays surdos se consideram a si próprios simplesmente “pessoas diferentes”.
O SEXO;
As limitações físicas interferem inegavelmente na vida sexual de quem tem deficiências físicas, mas isso não os impede de fazer sexo e de ter prazer na cama. – Bom, meu caro leitor eu não consegui encontrar quase nada, ou melhor nada falando sobre isso, então tentarei aqui falar um pouco do que entendi lendo alguns artigos e depoimentos. – O cadeirante tem tesão, apesar de não ter a sensibilidade física. O prazer vem de outras formas, com o olfato, o tato e a visão. Já para o deficiente visual, muita das vezes o parceiro é quem vai “guiando” o sexo na cama. – Há uns meses atrás, eu publiquei uma matéria sobre um casal de deficientes, que falavam sobre sexo e tudo mais. Você, pode ler a matéria na íntegraclicando aqui -.
O APOIO;
No Brasil, infelizmente as ONGs LGBTs não tem planos ou projetos para deficientes físicos e/ou visuais e auditivos. Mas, algumas poucas organizações fora do Brasil e dentro Brasil tem uma presença forte na Internet. Veja algumas:
O grupo Estruturação de Brasília faz um trabalho muito legal na comunidade de gays surdos e surdas, com cursos de LIBRAS – Língua Brasileira dos Sinais. O grupo existe no Brasil desde de 1994.
Também aqui no Brasil, existe a Associação Paranaense LGBT para surdos (APLS). que é uma organização não-governamental que surge com o intuito de promover a discriminação sofrida por pessoas LGBT surdas. Além de permitir o acesso à prevenção em HIV/DST-Aids, uma vez que a diferente forma de comunicação utilizada por essa população às vezes dificulta o acesso às informações corretas, a organização vem com o propósito de se fazer notar enquanto comunidade LGBT para surdos, visando materiais de prevenção e também de direitos humanos que os incluam. Mais informações pelo telefone: 41 3222-3999.
E fora do Brasil, tem a Queer on Wheels, fundada por Eva Sweeney em 2004. Essa organização lida com questões relacionadas à sexualidade dos cadeirantes, realizando oficinas diversas e abordando temas e editando material de referência.
“Bom é isso, se você chegou até aqui o meu “muito obrigado”!
Gostaria de ressaltar aqui que se por algum motivo a #PostagemEspecial de hoje, não tenha contido aquilo que você esperava, eu lhe peço desculpas, pois infelizmente esse assunto não é um assunto muito abordado, por sites LGTBs e fins. A matéria foi uma sugestão do leitorRodrigo, que como foi citado acima, que é deficiente físico. Se você conhece ou gostaria de se relacionar com um deficiente físico, mental, auditivo ou visual, não tenha medo do que os outros vão falar, ou se limite a beleza exterior e/ou corpos sarados. Gays deficientes também tem sentimentos, também sabem e podem amar, também sente prazer e também podem lhe fazer feliz. A maior deficiência de um gay não é a visual, auditiva, mental ou física, mas sim o preconceito. Não se iguale a sociedade e seja refém do preconceito, no amor não existe limitações físicas, mentais visuais ou aditivas, existe apenas AMOR. Muitos busca por um amor verdadeiro, e sonham em encontrar a pessoa amada. Então, porque não deixar o preconceito de lado e ser feliz ao lado de quem futuramente possa ser essa pessoa tão esperada, não é mesmo? Seja feliz, sem medo do que os outros vão dizer.
Boa sorte!”, Mika da Silva.
Fontes usadas nessa #PostagemEspecial: Rumos Novos, Assim Como Você e Grisalhos. Com a colaboração de Rodrigo dos Santos, que sugeriu o tema da #PostagemEspecial e Luis Silvaque sugeriu o título





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